domingo, 28 de fevereiro de 2010

Escritores Mineiros tomam Posse na ALB-MARIANA

Membros Efetivos da ALB-Mariana
Pronunciamento da Presidente Fundadora da ALB-Mariana, Andreia Donadon Leal

Entrega do Certificado de Agente de Leitura e da Paz - Embaixada Universal de Paz e Jornal Aldrava Cultural

Apresentação da Academia Infanto-Juvenil de Letras, Ciências e Artes de Mariana
"Entre Nessa Dança".

Acadêmico Anício Chaves entrega o Diploma de Mérito Acadêmico ao Presidente do Jornal Aldrava Cultural, Gabriel Bicalho

Acadêmica Angela Togeiro recebe o Título de Doutora Honoris Causa - Ph.I - Philósofo Imortal da Academia de Letras do Brasil - Título outorgado pelo Presidente Nacional, Dr. Mário Carabajal.

Acadêmica Hebe Maria Rôla Santos recebe o Título de Doutora Honoris Causa - Ph.I - Philósofo Imortal da Academia de Letras do Brasil - Título outorgado pelo Presidente Nacional, Dr. Mário Carabajal.
Auditório do ICSA - UFOP

Público presente

Acadêmico Nivaldo Resende recebe Diploma e Medalha da ALB-Mariana

Acadêmico Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues recebe Diploma e Medalha da ALB-Mariana

Acadêmica Maria Goretti de F. Oliveira recebe Diploma e Medalha da ALB-Mariana

Acadêmica Magna das Graças Campos recebe Diploma e Medalha da ALB-Mariana

Acadêmica Francirene Gripp de Oliveira recebe Diploma e Medalha da ALB-Mariana

Acadêmico Carlos Lúcio Gontijo recebe Diploma e Medalha da ALB-Mariana

Acadêmico Adalgimar Gomes Gonçalves recebe Diploma e Medalha da ALB-Mariana




ESCRITORES MINEIROS TOMAM POSSE NA ACADEMIA DE
LETRAS DO BRASIL-MARIANA-MG

A Academia de Letras do Brasil-Mariana-MG, realizou no dia 27 de fevereiro de 2010, às 16h, no auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto, em Mariana-MG, a solenidade de posse de novos Membros Efetivos. A ALB-Mariana ainda outorgou o Título de Doutor Honoris Causa – Ph.I, da Universidade Livre da Sede Nacional da Academia de Letras do Brasil, às Acadêmicas Hebe Maria Rôla Santos e Angela Togeiro, pela produção intelectual e cultural de repercussões nacionais e internacionais. Na solenidade, a Academia de Letras do Brasil-Mariana outorgou o título de Mérito Acadêmico ao Jornal Aldrava Cultural, pelos 10 anos de produção e de divulgação de Literatura e Cultura para Todos. Além disso, a ALB-Mariana, a Embaixada Universal da Paz (Genebra) e o Projeto Vencedor do VivaLeitura – 2009, Poesia Viva: a poesia bate à sua porta laureou a Academia Infanto-Juvenil de Letras, Ciências e Artes de Mariana com a Medalha da ALB-Mariana e o Diploma de Agente da Leitura e da Paz. A solenidade foi abrilhantada com a apresentação musical dos Gaveteiros em Seresta, apresentação cultural e musical da Academia Infanto-Juvenil de Letras, Ciências e Artes de Mariana: “Entre Nessa Dança”, coordenação de Hebe Maria Rôla Santos. A solenidade contou com a presença da Presidente da União Brasileira de Trovadores – seção Belo Horizonte; do Presidente da Associação Mineira de Imprensa; do Diretor do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFOP; Representação da Academia Betinense de Letras; Representação da AFEMIL e da AMULMIG; da Diretora da Casa Museu Alphonsus de Guimaraens e da TV Unibh Inconfidentes.
A Cadeira de n°13, cujo patrono é Antônio Frederico de Castro Alves, foi ocupada pelo Literato, Poeta e Professor Adalgimar Gomes Gonçalves. A Cadeira n° 15, cujo patrono é Bueno de Rivera, foi ocupada pelo Jornalista e Escritor Carlos Lúcio Gontijo. A Cadeira n° 16, cujo patrono é Monteiro Lobato, foi ocupada pela Professora Universitária da PUC- Minas e Poeta Francirene Gripp de Oliveira. A Cadeira n° 17, cujo patrono é Ignácio Pitter- Pedro Inácio de Oliveira foi ocupada pelo Jornalista, Escritor e Presidente da Academia de Letras de Ipatinga Nivaldo Resende. A Cadeira n° 18, cuja patrona é Cora Coralina, foi ocupada pela Linguista, Poeta e Professora Universitária Magna das Graças Campos. A Cadeira n° 19, cuja patrona é Henriqueta Lisboa, foi ocupada pela Pedagoga, Contista e Haicaísta Maria Goretti de Freitas Oliveira. A Cadeira n° 20, cujo patrono é Dom Oscar de Oliveira, foi ocupada pelo Teólogo e Professor Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues.
A ALB-Mariana é uma Associação Literária sem fins lucrativos, com sede e foro na Primaz de Minas. Tem por objetivo a difusão da cultura e o incentivo às Letras e às Artes, funcionando de acordo com as normas estabelecidas no Regimento Interno da ALB-Mariana e no Estatuto Geral da Academia de Letras do Brasil, organização de caráter público e de nível nacional. A Diretoria da Academia de Letras do Brasil-Mariana é composta pela Presidente Fundadora Andreia Aparecida Silva Donadon Leal; pelo Presidente Executivo J.B.Donadon-Leal; pelo Vice-Presidente J.S.Ferreira; pelo Secretário-Geral Gabriel Bicalho e pela Promotora de Eventos Culturais Hebe Maria Rôla Santos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA apresenta: Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues

Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues

CADEIRA N° 20: MONSENHOR FLÁVIO CARNEIRO RODRIGUES
PATRONO: DOM OSCAR DE OLIVEIRA







MONSENHOR FLÁVIO CARNEIRO RODRIGUES nasceu no dia 15 de fevereiro de 1932, na cidade mineira de São João Del Rei. Licenciado em História, em Letras, em Filosofia, em Teologia e em Pedagogia. Fez o curso Intensivo de Aperfeiçoamento no Magistério de Língua Portuguesa; curso de extensão em Língua Portuguesa pela UFMG; curso de Extensão Universitária/Psicologia Experimental e Personalidade/Faculdade Dom Bosco; Curso de Estudos e Problemas Brasileiros – UFMG (FAFIM). Foi aprovado em concursos para provimento de Cadeira e Aulas extranumerárias em escolas estaduais. Há 20 anos é Diretor do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (desde 1989). Exerceu os cursos de Grego/Latim/Língua Portuguesa e Etimologia no Instituto de Ciências Humanas e Sociais – UFOP por 19 anos. Ministrou aulas de Língua Portuguesa e de História na Escola Estadual Dom Silvério em Mariana por 20 anos. Foi Orientador Educacional na Escola Estadual Dom Silvério por 05 anos. Lecionou Grego/Latim/Língua Portuguesa no Seminário Nossa Senhora Assunção - Mariana por 38 anos. Foi Diretor do Museu de Arte Sacra da Arquidiocese por 23 anos. Foi Diretor do Museu da Música em Mariana por 15 anos. Foi Diretor do Museu do Livro em Mariana por 20 anos. Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e Membro da Academia Sãojoanense de Letras (São João Del Rei).
Trabalhos publicados: “O Copiador de D. Frei Manoel da Cruz (2008); As visitas Pastorais no séc. XVIII no Bispado de Mariana (1998); Segunda Coletânea das Visitas Pastorais (2000); Relatórios Decenais dos Bispos de Mariana (2005); Os Dois Relatórios Decenais de Dom Viçoso (2006); Etimologia, Ciência Esquecida (1989); Hylemorfismo Aristotélico, repensado por Sto. Tomás; O Semeador (artigo na Revista Rua Direita/1976); Annus Qui – Leitura e Tradução Portuguesa da Encíclica de Bento XIV, de 1749.





MODELO DE VIRTUDE SACERDOTAL – Pe. JOSÉ DIAS AVELAR, CM
Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues – Diretor do Arquivo Eclesiástico – Arquidiocese de Mariana


Texto fragmentado publicado no Jornal arquidiocesano Pastoral – Novembro 2009-

“... O Jornal arquidiocesano PASTORAL, em cada um de seus números no decurso do ano, se propôs evocar a figura de padres exemplares do Clero marianense, com o duplo objetivo de homenagear a memória respeitável de padres piedosos e estimular os remanescentes a sua imitação.
Hoje ilustra esta lista o saudoso nome do sacerdote lazarista Padre José Dias Avelar. Nascido em 1898 em Lagoa Santa que então integrava o território do Arcebispado de Mariana. Estudou no Caraça, Petrópolis e em Dax (França) onde se ordenou em 1922. E viveu intensamente sessenta e nove anos de fecundo e santo sacerdócio. Deixou bênçãos memoráveis e muitas saudades pelos lugares onde exerceu seus ministérios: Petrópolis, Diamantina e Mariana. Mas os Seminários e a Cidade de Mariana tiveram o privilégio de sua dedicação sacerdotal por maior tempo, quarenta e cinco anos. Era dono de uma opulenta cultura, tendo sido professor de Sagrada Escritura, Hebraico, Grego, Ascética e Mística, Psicologia, Pedagogia Catequética, Canto Gregoriano, Álgebra. Mas não foi tanto como professor que ele se tornou um benfeitor insigne do Seminário, muito mais fez como Diretor Espiritual dos seminaristas maiores, durante vinte anos. As gerações de sacerdotes que lucraram sua prudente orientação ficaram devendo-lhe favores sem conta e dele se lembram sempre com profunda gratidão. Todos evocam seu nome com respeitoso carinho. Foi um formador sacerdotal de valor distinto.
Também a Cidade de Mariana o tem em elevado conceito: foi ele ali emérito educador. A juventude masculina de Mariana não tinha condição de estudos depois dos iniciais em grupos escolares. Padre Avelar aceitou o desafio de abrir-lhe uma escola gratuita de nível ginasial, da rede CNEC (CAMPANHA NACIONAL DE ESTUDOS DA COMUNIDADE), funcionando primeiramente em prédio emprestado e depois em sede própria, edificada em dois andares, que ele construiu em local central, arrostando graves estorvos e pesadas dificuldades.
[...] Homem totalmente devotado a Deus, todo o seu tempo era para o serviço divino: não se permitia o gozo de descanso ou de férias. Sua vida foi uma lição eloquente de trabalho e oração. Não sabia negar ajuda. Foi padre de forma plena, sem esmorecimento, com generosidade, com ousadia! O seu apostolado honrou sobremaneira a Arquidiocese e o Clero de Mariana.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA apresenta: MARIA GORETTI DE FREITAS OLIVEIRA

Maria Goretti de Freitas Oliveira




Cadeira n° 19: MARIA GORETTI DE FREITAS OLIVEIRA
PATRONA: Henriqueta Lisboa






GORETTI DE FREITAS, nome literário de Maria Goretti de Freitas Oliveira, pedagoga, formada pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UNILESTE – MG.
Mineira de Inhapim, viveu alguns anos em Tarumirim-MG e, posteriormente, passou a residir em Ipatinga. Trabalhou na cidade vários anos na área da educação alfabetizando olhares, ouvidos, gargantas, jeitos, sentimentos, emoções, leituras... Tudo que fosse necessário para formação de leitores adultos e infantis.
Elaborou vários trabalhos técnicos como: artigos, relatórios, projetos, pesquisas monográficas, projetos político-pedagógicos entre outros. Participou de vários cursos de formação, dentre eles as Jornadas de Aperfeiçoamento da Língua Portuguesa e Letramento.
Possui poemas publicados em volumes da série POESIA DE BOLSO, através do Festival Estadual de Poesia, do CLESI – Clube dos Escritores de Ipatinga. Em 2006, recebeu Menção Honrosa no Concurso Estadual de Contos, também do CLESI, com o conto “A MOÇA RICA E O PÉ RAPADO”. É autora do livro CONTOS INTERIORAMOS, lançado em 2008 e NUM INSTANTE, UM HAICAI- Editora Aldrava Letras e Artes – realização : CLESI – 2009.
“Segundo o haicaísta e professor da UFOP, Dr. José Benedito Donadon Leal: Goretti de Freitas fez-se aluna exemplar dos ensinamentos de Bashô e buscou treinar os olhos para a fotografia das coisas visíveis e invisíveis, do presente e do ausente, do próximo e do distante. Seus olhos com recursos para produzir zoom captam:



ALÉM DO JARDIM
À BEIRA DO LAGO AZUL
VOO DE LIBÉLULA.



Ou no Haicai que chama também para esse universo harmônico um substrato do engenho humano, a bolha de sabão, mesmo que num lugar metafórico, de comparação:









COM A ALMA LEVE
TAL QUAL BOLHA DE SABÃO
VOA PASSARINHO.



***



BEM NO CORAÇÃO
BRILHA O METAL... UM PUNHAL...
AMOR OU PAIXÃO?



***



DO PONTO MAIS ALTO
DO MONTE, BEIJOS NA FRONTE
TUDO SOA FALSO.



***



SABOR DA ESTAÇÃO
CORDEL DO FOGO ENCANTADO
FESTIVAL DE INVERNO.

***



AMOR PRATICADO
NO CHÃO SUJO DO BARRACO

ÚLTIMA CARTADA!

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA APRESENTA: Magna das Graças Campos

Magna das Graças Campos


Cadeira n° 18: MAGNA DAS GRAÇAS CAMPOS

PATRONA: CORA CORALINA





MAGNA DAS GRAÇAS CAMPOS, nasceu no dia 29 de outubro de 1978, na cidade de Ouro Preto – Minas Gerais. Filha de Floripes Ferreira Campos e de Mozart Silvério Campos. Formada em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto – Instituto de Ciências Humanas e Sociais (1999-2003). Especialista em Língua Portuguesa – PUC MINAS (2004-2005). Mestre Discurso e Representação – A Leitura numa Perspectiva Cultural – Repensando o sujeito Leitor pela Universidade Federal de São João Del Rey (2006-2009).
É professora dos Cursos de Tecnologia em Gestão Ambiental e de Pedagogia na Universidade Presidente Antônio Carlos – Unidade Mariana. Tutora no CEAD – UFOP – Bolsista (2009 e 2010). Professora contratada pelo Departamento de Letras do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto – período – 2003-2006.
Nos anos de 2003, 2004, 2005 e 2006, foi Colaboradora do Programa de Alfabetização Solidária e do Programa de Melhoramento do Ensino Básico – PROBASE. Foi Professora efetiva da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Mariana no período de 2002 a 2004, onde atuou na Educação Infantil e no 2° Ciclo do Ensino Fundamental.
Participou de diversos congressos e simpósios da área de Letras em Minas Gerais e em São Paulo.
Magna é autora dos livros: Beto Muleta não, Beto Joia (Literatura Infantil) e ENTRE A NOITE E O DIA (Livro de Poesias).
Para Magna “as dificuldades imprimem um ritmo, mas não impedem o desenvolvimento; colocam barreiras, mas não fecham os caminhos” (Beto Muleta não, Beto Joia – 2003).





Gérmen
Magna Campos


Os ramos retorcidos e secos
Guardam, dentro de si, as folhas
Verdes e úmidas
Desvividas pelo tempo
Que lhes negou a permanência.

O humano mais brutal
Traz, dentro de si, o amor e a candura
Retorcidos e secos,
Grosseiramente silenciados
Ainda no tempo das sementes.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA APRESENTA: Nivaldo Resende

Nivaldo Resende

Cadeira N° 17 - NIVALDO RESENDE


NOME DO PATRONO: Ignácio Pitter – Pedro Inácio de Oliveira


Nascido em 02 de Junho de 1953 no distrito de Almeidas, município de Jaboticatubas (MG), e registrado no então distrito sanjoanense de Santa Rita do Rio Abaixo, hoje município de Ritápolis (MG). Aos seis anos mudou-se com a família para São João del Rei, onde iniciou os estudos e travou os primeiros contatos com a efervescente cultura local, apaixonando-se definitivamente pela literatura, música e cinema.
Órfão de pai aos oito anos, foi catador de esterco, locutor de programas de calouros mirins, garçom, calandreiro numa fábrica de tecidos (e almoxarife em outra...), soldado e cabo do Exército, operário numa indústria laminadora de madeiras no Rio de Janeiro, missionário leigo na Amazônia, integrante de grupos de jovens, radialista, artista de circo, músico, metalúrgico na Usiminas, dono de cantina e vendedor de carnês funerários.
Mudou-se para Ipatinga em dezembro de 1974, onde casou-se com a pedagoga e orientadora educacional Maria Alice de Oliveira e Resende, com quem teve os filhos Anelise, Andresa – que lhe deu as netas Thaísa e Luísa – e Francisco.
Trabalhou em emissoras de rádio e em jornais em São João Del Rei, Vitória, Belo Horizonte e Ipatinga. Durante muitos anos exerceu a atividade de assessor de imprensa em entidades classistas, sindicais e prefeituras. Atualmente, é editor assistente do jornal Diário do Aço, em Ipatinga, Região Metropolitana do Vale do Aço, onde publica uma crônica todas as quartas-feiras.
Tomou posse na Academia de Letras de Ipatinga – cadeira nº 17 – em 1984, da qual é o atual presidente. Integrou a Associação Pró Cultura de Ipatinga (Aproc) e é diretor do Clube dos Escritores de Ipatinga (Clesi) e Membro Honorário do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais - MG. Premiado em concursos de contos e poesias. Em 1986, foi um dos vencedores do concurso Literatura e Trabalho, promovido pelo Ministério do Trabalho, em Brasília. Tem dois livros de contos publicados – Papo de Peão e A Morte Oval – e um livro de poesias – Aquilo que não se diz... – em fase de edição, e participação em três antologias literárias.
Sua paixão? A cultura, o pão da alma e o fermento da vida.



PAINEL EM VERMELHO

Nivaldo Resende

Vermelha era a cabeça
Assim como é vermelho o sangue que nos cobre
De pelejas longas e lentas
Lerdas, como lerdo é o pensamento,
Seco, mero, frágil momento
Vermelho, que vermelho é mesmo este tormento.

Vermelhas eram as mãos,
Mãos cansadas, de vermelho recobertas,
Que o sangue incerto é fraco
Se fracos são os pensamentos,
Duro, selvagem, áspero lamento
Vermelho, como é vermelho este rebento.

Vermelhas eram as roupas
Que de mais vermelho se manchavam,
Ou pode haver encantamento neste sangue
Que corre entre meus dedos,
Quente, forte, grosso sangue.
Vermelho, espesso é o corrimento.

Vermelhos eram os olhos
Que estriados se faziam, cada instante
Era mais forte o tal desejo
De soltar-se nos caminhos,
Estreitos, sujos, sórdidos caminhos
Vermelhos, como podem ser vermelhos tais caminhos.

Vermelhas eram as palavras
Que eu cansado proferia, nem sabia talvez
Que elas se perdiam onde eu ia.
E me partia, dividia e repartia,
Cansado, cansado, cansado e sozinho,
Vermelha, também era vermelha a solidão...


***



CRÔNICA PUBLICADA


Duas vezes imortal...


Meu coração está pleno de alegria. E não é para menos. Afinal, fui convidado a tomar posse como um dos mais novos membros da Academia de Letras do Brasil, que tem uma subsede na histórica Mariana de Alphonsus de Guimaraens Filho, Manoel da Costa Athayde, Pedro Aleixo, Fernando Morais e Silvinha Araújo. Esse convite é uma enorme honraria pessoal, pois irei fazer companhia a literatos do porte dos aldravistas Gabriel Bicalho, Sebastião Ferreira, J. B. e Andréia Donadon Leal, e somar esforços com outras duas ipatinguenses de coração que lá já estão, Marília Siqueira Lacerda e minha comadre Nena de Castro.
Mariana guarda, no meu ideário e em minhas memórias, a mesma importância da minha amada São João del Rei. Ambas respiram história, ambas geraram importantes nomes da história nacional, ambas fervilham cultura.
Mas vejo esse convite também como uma honraria para Ipatinga, cidade que adotei e escolhi para viver há 36 anos, onde plantei os umbigos dos meus filhos e construí grande parte de minha história pessoal. Quando, em 1984, assumi a cadeira de nº 17 da Academia de Letras de Ipatinga, entidade da qual sou o atual presidente, não imaginei que fosse tão longe.
Mas após dois livros de contos publicados, após participar de antologias literárias, após ganhar concursos de literatura, entre eles o Prêmio Nacional Literatura e Trabalho, juntamente com os também ipatinguenses Carlos Alberto Prais, Antônio Duque Pinto, Catulino e Daniel Mendes Peixoto, não é disso o que mais me orgulho.
Do que eu me orgulho mesmo, e muito, é do meu compromisso com a cultura e o conhecimento, é com o prazer de gostar de ler e escrever, mas fazer isso da forma o mais correta possível, respeitando e cultivando todas as regras da língua pátria. Por isso não me nego a participar de eventos litero-culturais, a fazer palestras em escolas para pessoas de todas as idades e níveis, por isso busco incentivar os novos escritores, por isso participo de comissões julgadoras em concursos de contos e poesias do Clube dos Escritores de Ipatinga, do qual também orgulhosamente faço parte.
Faço muita questão de falar desse orgulho que sinto em ser um jornalista e escritor, cronista, poeta e contista. Afinal, ao longo destes últimos anos, ouvi de muitas pessoas que se consideravam muito “inteligentes” observações depreciativas sobre a minha intelectualidade. Houve até mesmo uma ocasião quando, ao convidar determinada pessoa para fazer parte da Academia de Letras de Ipatinga, ouvi dela a resposta de que “não se interessava em fazer parte de entidades mofadas...”.
Esses que desmerecem e desvalorizam a cultura são, grosso modo, os mesmos que desmerecem o amor e toda a emoção que dele advém. E eu confesso, sou movido pela emoção. Os livros de Maupassant, Kant, Marcuse, T. S. Elliot, Agatha Christie, Manoel de Barros, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto e outros, me emocionam tanto quanto uma tela de Gauguin, os versos de Mário Quintana, a beleza inocente de uma criança, ou uma bela mulher, ou uma rosa vermelha e um cravo branco.
Meu corpo físico não é imortal. O de ninguém é... Mas a minha obra, aquilo que de bom eu fizer aqui na terra, esta sim, ficará como um legado para os meus descendentes e amigos. Neste sentido, como integrante da Academia de Letras de Ipatinga e, a partir do dia 27 de fevereiro próximo, da Academia de Letras do Brasil, eu sou imortal, sim, e com muito orgulho.

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA APRESENTA - Francirene Gripp de Oliveira

Francirene Gripp de Oliveira

CADEIRA N° 16: Francirene Gripp de Oliveira (FRANCE GRIPP)
NOME DO PATRONO: José Bento Renato Monteiro Lobato





Nasceu em Governador Valadares, MG, e sua infância foi marcada pela literatura. Desde este encantamento, de palavra em palavra, a poesia tornou-se uma constante. Assim, ser um profissional das Letras parece-lhe, hoje, natural. Reside em Belo Horizonte desde 1989, onde cursou o mestrado em Teoria Literária (UFMG). Atualmente leciona Língua Portuguesa e Produção de Textos na PUC Minas. É grata mãe de 4 filhos e avó de 4 netos, embora permaneça solteira...
Publicou os livros: “Eu que me destilo” (1994) e “Vinte Lições” (Dimensão, 1998). Como resultado de premiações, teve publicações nas coletâneas: “A arte do professor e Palavra de Mestre”, (SINPRO/MG), nas edições de 1996/1997/1999, e tornou-se letrista das composições musicais de Basti de Matos: CD “Luanaluz”.
Participou da coleção de língua portuguesa “Tudo da trama/tudo dá trama” (Dimensão, 2000), com o conto “Ofertas de Natal IV - Estrela Vênus”. Obteve o 2° lugar no “4º Concurso Internacional Mulheres Emergentes” (2002). Outros trabalhos foram publicados em: “Saboreando palavras” (SESC/MG, 2006), “Terças Poéticas jardins internos” (2006), “Antologia ME 18/Mulheres Emergentes” (2007) e “Antologia Poesia do Brasil” (RGS, 2008), assim como no Jornal Aldrava (Mariana, MG) e na revista literária virtual Germina Literatura (2009).






DO MEDO

Esse tempo, hoje, esse tempo
essa face
claramente escura dos desejos
esse espaço, este espaço
transitado de metáforas
se repete, se repete, se repete
O medo
narrativa sem descanso, sem descanso
em remoinho em rumorejos
em sobrevôo em sobre nadas
O medo, o medo
Atravessa
esse outro eu à lâmina, à punhalada
esse lugar, este lugar
o coração cruento
o coração cruento, coletivo e solitário
este tempo
de todos os possíveis
cara a cara, com o medo.



***

AMARELO AMOR

O sol na planície lança chamas
ao coração incendiário.

Guia o olhar, a luz da paisagem
que em pó e ouro
de nuvens levantadas,
encobre a rebelião.

Entre arvoredos, encontra um veio
o amarelo amor,
subterrânea força
de passagem.

Queima-se a memória.

Insólito e bruto diamante
ao fim resulta
dourado de paixão.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A ALB-MARIANA APRESENTA : CARLOS LÚCIO GONTIJO

Carlos Lúcio Gontijo

CADEIRA 15 - CARLOS LÚCIO GONTIJO


NOME DO PATRONO: Bueno de Rivera



CARLOS LÚCIO GONTIJO cursou o Ensino Fundamental e o Ensino Médio na Escola Waldomiro Magalhães Pinto e no Colégio Senhora de Fátima. Formou-se em jornalismo no UNI-BH. É membro da Academia Interamericana de Literatura e Jurisprudência, detentor do Troféu Magnum de Cultura (em comemoração aos 100 anos de Belo Horizonte), membro da Academia Santantoniense de Letras (ACADSAL), ex-presidente da Associação Mineira de Imprensa (AMI).
Ostenta Certificado de Honra ao Mérito da Prefeitura de Santo Antônio do Monte (honraria que lhe foi entregue, em 1977, pelo ex-governador e ministro de Estado, José de Magalhães Pinto, durante solenidade na Prefeitura montense).
Trabalhou nos jornais Diário de Minas, Jornal de Minas, Tribuna de Mariana, Proeste, Hoje em Dia e, também, no Diário da Tarde, onde foi revisor, supervisor de revisão, articulista e Editor de Opinião.
Mantém no ar um site com todos os seus 13 livros disponibilizados ao público internauta, no qual figuras como Carlos Drummond de Andrade; Bueno de Rivera; o político e escritor Celso Brant; o jornalista e membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos José Carlos Alexandre; o ex-secretário de Estado José Ulisses de Oliveira; o professor e ex-ministro da Educação Aluísio Pimenta, e a primeira professora Clélia Souto falam sobre a sua obra literária.
É verbete do Dicionário Biobibliográfico Regional do Brasil, produzido por Mário Ribeiro Martins. Participa da coletânea POETAS DEL MUNDO EM POESIAS, volume I e, também, do Guia de Autores Contemporâneos/Galeria Brasil 2009.
Seu romance CABINE 33 foi indicado e adotado em dois vestibulares da Faculdade de Administração de Santo Antônio do Monte (FASAM).
Detentor da Medalha Centenário do Governador José de Magalhães Pinto (2009) . É cidadão honorário de Contagem e dá nome à biblioteca do Instituto Maria Angélica (IMAC) e à biblioteca comunitária do Bairro Flávio de Oliveira, em Santo Antônio do Monte.


LIVROS PUBLICADOS:
Ventre do Mundo

Leite e Lua

Cio de Vento

Aroma de Mãe

Pelas Partes Femininas

O Contador de Formigas (1ª e 2ª edições)

O Ser Poetizado

O Menino dos Olhos Maduros

Virgem Santa sem Cabeça

Cabine 33

Lógica das Borboletas

Jardim de Corpos

Obra Infantil Duducha e o CD de Mortadela.







COPO DE CAMPARI
Carlos Lúcio Gontijo


Sinto falta dos amigos distantes
Que na luta da vida se perderam
Ou antes se acharam em alguma morte
Feito mãe prepara leito de filho
Com o brilho da esperança nos olhos
Arrumo a casa, preparo a sala
Receberia com gala qualquer pessoa
Mas não soa a campainha
O silêncio me ensurdece
Derrete o gelo no copo de “campari”
Em mim o apelo de prece
Tanto zelo pra terminar assim
Sem alguém que me ampare
Ciente de que a carne é mero revestimento
Breve encantamento do espírito em solidão

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-MARIANA apresenta - ANÍBAL ALBUQUERQUE

Aníbal Albuquerque

CADEIRA 14 - ANÍBAL ALBUQUERQUE


NOME DO PATRONO: CÍCERO BRAZ ACAIABA VIEIRA


ANÍBAL ALBUQUERQUE é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, ingressou, por concurso, no Magistério do Exército. Engenheiro civil e graduado em Letras pela Universidade Federal do Ceará. Pós-graduado em Literatura Brasileira, pela PUC-MG. Mestre em Literaturas de Expressão Portuguesa, pela mesma universidade católica mineira. Professor universitário, editor, poeta, contista, cronista, ensaísta, romancista e tradutor. É membro efetivo da Academia Tricordiana de Letras e Artes e da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências. Pertence à União Brasileira de Escritores e à Arcádia Brasílica de Artes e Ciências Estéticas, do Rio de Janeiro. É Membro Honorário da Academia de Letras e Ciências de São Lourenço, da Academia Paraguaçuense de Letras e Membro Emérito da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete.

Condecorado com a “Medalha Cultural da Revista Brasília” (1994); com a “Medalha Jornalista E. D’Almeida Vítor”, (1995); com a “Medalha Olavo Bilac”, concedida pelo Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes (1998). Recebeu a “Comenda do Colar do Mérito Literário”(1999); a “Láurea Lítero-Cultural Honoris Causa “Literata Neusa Judith”, em 2005, e a “Láurea Lítero-Cultural “Poeta Nelson Fachinelli”, em 2006, ambas concedidas pela Casa do Poeta Brasileiro “Benedito Rodrigues Nascimento”, com sede em Goiânia (GO), Medalha de Mérito Cultural do InBrasCI-MG em 2009, dentre outras.

Obteve inúmeros prêmios nacionais destacando-se: 1º lugar em contos no Concurso da SABS (Fortaleza-CE, 1955), 1º lugar no Conc. Nac. de Sonetos do Grêmio Literário Castro Alves, em Porto Alegre (1992); medalha de ouro, com "Solidão Urbana", entre 2.064 concorrentes, no III Conc. Nac. de Crônicas do Clube Literário Brasília (1994); 1º lugar, com o conto "Segredo", no Conc. Nacional de Contos e Poesia do Clube Soroptimista Intern. de S. Vicente (1994); 1º lugar em crônicas, com "O Sonho do Poeta", no Conc. de Contos, Crônicas e Poesia de 1994, promovido pela Pref. Mun. de Santana do Parnaíba (SP); 1º lugar no Conc. de Poesia de Exaltação ao Nordeste (Associação Niteroiense de Escritores, 1994), conquistando o "Prêmio Rubens Falcão", com "Nordeste"; 1º lugar no Conc. Nac. de Contos, (Associação Paraense de Escritores, Belém-PA), com "Universo Destruído" (1995); 1º lugar, com o mesmo texto, no VII Conc. de Contos José Cândido de Carvalho, promovido pela Fund. Cultural Jornalista Oswaldo Lima, em Campos dos Goitacazes-RJ (1995); 1º lugar com o conto “A Francesinha”, no Concurso Felippe d’Oliveira, (Sec. Mun. de Cultura de Santa Maria-RS, 1996); foi o vencedor do Prêmio Godofredo Rangel, em Três Corações (1997), com o conto “Delírio ou Promessa?”; Vencedor do Concurso de Contos Euclides da Cunha (Arcádia Brasílica de Artes e Ciências Estéticas, Rio de Janeiro. 1998); conquistou o “Prêmio Literário Cidade de Conselheiro Lafaiete”, em 1998, com a novela, então inédita, Fazenda Paraíso, em concurso nacional promovido pela ACLCL; com o conto “Luana”, foi o vencedor do Concurso Permanente Cyro dos Anjos, promovido pela Academia Montesclarense de Letras, em 2002. Em 2006, em concurso internacional, promovido pela Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette, foi vencedor do “Prêmio Cidade de Conselheiro Lafaiete”, na categoria romance, com “Manoel Alencar, amores e dores”.

LIVROS PUBLICADOS:
Individuais:
Poesia: Mineiras emoções (Varginha ¾ MG, ALBA, 1993, il.)
Infantil: Letícia e seus amigos (Varginha ¾ MG: ALBA, 1994, il.)
Crônica: De PC a Senna, dos 7 anões ao real (São Paulo: Scortecci, 1994), lançado na XIII Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, em agosto de 1994.
Romance: Atalaia, fragmentos de vida (São Paulo: Scortecci,1996, 124 p.),lançado na XIV Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, a 24 de agosto de 1996.
Reportagem: O E.T. de Varginha, sua verdadeira história (Varginha ¾ MG, ALBA,1996, 80p.) 4ª ed. 2006.
Ficção: A Viúva e outras estórias (Varginha ¾ MG: ALBA, 1997, il.) 2ª ed. 1999.
Ensaio: Um passeio pela obra de Cícero Acaiaba, talento esquecido (Varginha ¾ MG: ALBA/ Fund. Cultural do Mun. de Varginha, 2001)
Novela: Fazenda Paraíso (Varginha ¾ MG: ALBA/ Fund. Cultural de Varginha, 2006)



SE EU FOSSE PODEROSO

Aníbal Albuquerque

Se eu fosse poderoso o suficiente,
com força pra mudar o céu e a Terra,
só haveria o verde em toda serra,
água pura no rio eternamente.

Se eu fosse poderoso o suficiente,
capaz de decidir os rumos do Homem,
não haveria dor, nem tanta fome,
só haveria Paz pra toda gente.



Se eu fosse poderoso realmente,
não haveria o pobre, nem o rico;
todos teriam dons e inteligência;

não haveria pressa; calmamente,
eu tangeria rindo meu burrico;
só haveria Amor, sem continência.

(Solução de uma prova no Curso de Letras,
no Instituto de Humanidades da Universidade Federal do Ceará, em 1988)

Publicado na Primeira antologia poética de A FIGUEIRA,
Florianópolis, 1993, p. 22

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ADALGIMAR GOMES GONÇALVES

Adalgimar Gomes Gonçalves

Essa semana apresentaremos os Novos Membros Efetivos da Academia de Letras do Brasil-Mariana-Minas Gerais. Começamos com o poeta ADALGIMAR GOMES GONÇALVES.


Cadeira 13 - ADALGIMAR GOMES GONÇALVES - Patrono: Antônio Frederico de Castro Alves


Adalgimar nasceu em Bocaiúva, Minas Gerais, em 19 de janeiro de 1974. Concluiu, na sua cidade, o curso de Magistério na Escola Estadual Professor Gastão Valle.

A sua primeira obra, UMA NOITE DE RECORDAÇÕES, escrita aos seus quinze anos, após muito empenho, foi publicada em 1996, pela editora QUESTÃO DE OPINIÃO, de Curitiba e, em 1999, pela Imprensa da UFV.

Na primavera de 1997, em homenagem a Castro Alves e Antônio Conselheiro, publicou a coletânea poética SONHOS E OUTRAS POESIAS pela editora Por Ora de Belo Horizonte.

O Refúgio da Liberdade, publicado em 2001 pela editora UFV, é um romance que rememora a luta dos guerreiros negros no Quilombo de Palmares, a partir de uma paixão proibida entre um escravo e uma filha de senhor de engenho.

Mar de Minas, sua quarta obra, reúne poesias de temática múltipla escritas desde 1998.

Adalgimar é Graduado em Letras e Especialista em Lingüística e Literatura Comparada pela UFV; Mestre em Teoria da Literatura pela UFMG. Ocupa o cargo de Técnico em Assuntos Educacionais – UFOP; Ex-Diretor da E.E. Benjamim Guimarães, em Passagem de Mariana e Professor de Literatura Brasileira e de Língua Portuguesa.



POEMA


SER (?)

Adalgimar Gomes Gonçalves


Ser princesa e morrer na torre

Porque nenhum guerreiro ousou lutar por ti.


Escrever mil e um livros, de temas vários,

E não ser lido por ninguém.


Ter duas asas e o pensamento

E ser impedido de sair do lugar comum.


Lutar pela liberdade de seu povo

E ser condenado por ele.


Saber que tem a força do maior exército

E ser abatido por uma folha seca.


Pensar que poderíamos ser um pouco de tudo

E somos, verdadeiramente, um muito de nada.


(In: Mar de Minas, 2006)